terça-feira, 18 de agosto de 2015

CONSADC encerra comemoracoes do Dia da SADC em Maputo

O MINISTRO da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural, Celso Correia, disse ontem, em Maputo, que a consolidação da paz na região austral de África, em geral, e em Moçambique, em particular, constitui a condição “sine qua non” para o progresso sustentável e harmonioso dos países-membros da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC).
Falando por ocasião da passagem do 35.º aniversário da criação da SADC, que ontem se assinalou, Celso Correia afirmou que a consolidação da paz no espaço comunitário, e não só, é importante porque vai permitir que os povos da região concentrem as suas energias e saber na construção do seu bem-estar.
“Ontem nós, moçambicanos, defendíamos que só seríamos verdadeiramente independentes se todos os países da região alcançassem a sua independência. Hoje, defendemos, na nossa agenda, a paz. Nós, moçambicanos, só estaremos em paz se todos os povos da região, em particular, e do continente, em geral, estiverem em paz e só seremos desenvolvidos se todos estiverem também desenvolvidos”, afirmou Celso Correia.
Para além da questão da paz e desenvolvimento, o Ministro da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural centrou a sua intervenção na questão das mudanças climáticas que, segundo disse, estão já a condicionar o desenvolvimento dos países.  
De acordo com o ministro, o aquecimento global constitui uma das grandes ameaças da região austral de África, situação que está na origem de chuvas intensas e secas e cheias que já condicionam a produção agrícola, pois vão assolando, periodicamente, os países da SADC.
“A região da África Austral é uma das que está exposta aos efeitos das mudanças climáticas. Impõe-se que tratemos a questão das mudanças climáticas como prioridade regional”, apelou o ministro Correia, para depois referir que este é um assunto que requer esforços conjuntos para se encontrarem as melhores formas de gestão deste fenómeno.
ALUNOS PREMIADOS 
AS celebrações dos 35 anos da criação da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) foram ontem marcadas pela premiação dos três melhores trabalhos de redacção sobre a organização do sul de África.
Trata-se de Faira Agostinho Augusto, estudante da 10.ª classe da Escola Samora Machel, em Tete, que se posicionou em primeiro lugar no referido concurso, que abrangeu todas as escolas secundárias do país e que tinha como tema falar sobre a organização nos seus vários aspectos, desde criação, objectivos, mecanismos de funcionamento, entre outros. À vencedora coube um prémio monetário no valor de vinte mil meticais.
Em segundo lugar ficou Adelina Henriques Xavier, aluna da 11.ª classe na Escola Secundária de Angoche, em Nampula, que arrecadou um prémio monetário de 12 mil meticais, e o terceiro lugar ficou com Aresdites Agostinho Domingos, aluno da 10.ª classe na Escola SOS de Tete, que amealhou oito mil meticais.
Para além do dinheiro, cada um dos três arrecadou diverso material escolar.
A SADC nasceu em 17 de Agosto de 1992, em Windhoek, na Namíbia, como resultado da transformação da Conferência de Coordenação de Desenvolvimento da África Austral (SADCC).
Neste encontro, os Chefes de Estado e de Governo assinaram um tratado que redefiniu as bases de cooperação entre os estados-membros, de uma associação voluntária, para uma associação juridicamente válida.
Esta transformação tinha como objectivo promover uma maior cooperação e integração económica com vista a apoiar na abordagem dos vários factores que terão tornado difícil sustentar o crescimento e o desenvolvimento socioeconómico, como por exemplo a contínua dependência na exportação de alguns produtos primários.
São membros da SADC quinze países, nomeadamente Moçambique, Angola, África do Sul, Namíbia, Botswana, Tanzania, RD Congo, Malawi, Zimbabwe, Suazilândia, Lesoto, Maurícias, Seycheles, Zâmbia e Madagáscar.
Participaram nas celebrações dos 35 anos da SADC em Maputo representantes de todos estes países, alguns dos quais se fizeram presentes através dos respectivos altos-comissários ou embaixadores.
In Jornal Notícias de 18-8-2015

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