terça-feira, 18 de agosto de 2015

Chefes de Estado reunidos no Dia da SADC em Botswana

A COMUNIDADE de Desenvolvimento da África Austral (SADC) continua a gozar de estabilidade e de um ambiente político de paz, factores catalisadores para uma integração económica e desenvolvimento.
A avaliação é da secretária-executiva da SADC, Stergomena Lawrence Tax, ao intervir na abertura da 35.ª cimeira de Chefes de Estado e de Governo da comunidade que decorre desde ontem em Gaberone, a capital do Botswana.
A secretária-executiva da organização felicitou os seis países que no período que vai de Agosto do ano passado a esta parte realizaram eleições pacíficas, livres e justas. Trata-se, para além de Moçambique, do Botswana, Maurícias, Namíbia, Zâmbia e o Lesotho.
Stergomena Tax disse que o plano estratégico de industrialização da região reconhece a importância da paz, segurança e estabilidade como pré-requisitos para o desenvolvimento socioeconómico.
Esclareceu que o programa de industrialização das economias da SADC vai trazer uma transformação socioeconómica e melhorar a criação de oportunidades para as comunidades, incluindo jovens e mulheres, contribuindo, desta forma, para o desenvolvimento sustentável e para a erradicação da pobreza que atinge a maioria dos seus habitantes. Estes esforços, de acordo com Tax, irão indirectamente ajudar a fazer face aos desafios emergentes de segurança e de estabilidade como os problemas transfronteiriços migratórios e demográficos devido ao  desenvolvimento desnivelado.
A cimeira da SADC é dominada por questões económicas, mas mesmo assim há espaço para o tratamento de assuntos políticos para permitir o seu acompanhamento por parte dos Chefes de Estado e de Governo do grupo regional.
É assim que a “troika” do Órgão de Cooperação Política e Defesa e Segurança da SADC, então ainda sob direcção do Zimbabwe, se reuniu na véspera da cimeira para ouvir o relatório da comissão mandatada para tratar da situação provocada pela crise política no Lesotho. A comissão é liderada pelo vice-presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, que chegou a Gaberone um dia antes da cimeira.
Falando ontem perante os seus pares na cerimónia de abertura da cimeira, o Primeiro-ministro do Lesotho, Pakalitha Mosisili, agradeceu os esforços que estão a ser feitos pelos países da SADC para a normalização da vida naquele reino montanhoso encravado na África do Sul. 
Disse estar ciente de que para o povo sutho alcançar as suas legítimas aspirações para o desenvolvimento económico, social e estabilidade política e boa governação precisa, como sempre, do apoio do colectivo dos países da comunidade.
Agradeceu também pelo facto de os países-membros terem ajudado o país, nos seus momentos mais difíceis, consentindo sacrifícios para que o país conseguisse realizar eleições em Fevereiro último.
Pakalitha Mossisili afirmou que o principal desafio do momento é a recusa dos partidos da oposição em aceitar os resultados dessas eleições.
Pakalita Mosisili lidera um Governo de coligação de seis partidos.
LÁZARO MANHIÇA, EM GABERONE
In Jornal Noticias de 18-8-2015

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