A
COMUNIDADE de Desenvolvimento da África Austral (SADC) continua a gozar
de estabilidade e de um ambiente político de paz, factores
catalisadores para uma integração económica e desenvolvimento.
A
avaliação é da secretária-executiva da SADC, Stergomena Lawrence Tax,
ao intervir na abertura da 35.ª cimeira de Chefes de Estado e de Governo
da comunidade que decorre desde ontem em Gaberone, a capital do
Botswana.
A
secretária-executiva da organização felicitou os seis países que no
período que vai de Agosto do ano passado a esta parte realizaram
eleições pacíficas, livres e justas. Trata-se, para além de Moçambique,
do Botswana, Maurícias, Namíbia, Zâmbia e o Lesotho.
Stergomena
Tax disse que o plano estratégico de industrialização da região
reconhece a importância da paz, segurança e estabilidade como
pré-requisitos para o desenvolvimento socioeconómico.
Esclareceu
que o programa de industrialização das economias da SADC vai trazer uma
transformação socioeconómica e melhorar a criação de oportunidades para
as comunidades, incluindo jovens e mulheres, contribuindo, desta forma,
para o desenvolvimento sustentável e para a erradicação da pobreza que
atinge a maioria dos seus habitantes. Estes esforços, de acordo com Tax,
irão indirectamente ajudar a fazer face aos desafios emergentes de
segurança e de estabilidade como os problemas transfronteiriços
migratórios e demográficos devido ao desenvolvimento desnivelado.
A
cimeira da SADC é dominada por questões económicas, mas mesmo assim há
espaço para o tratamento de assuntos políticos para permitir o seu
acompanhamento por parte dos Chefes de Estado e de Governo do grupo
regional.
É
assim que a “troika” do Órgão de Cooperação Política e Defesa e
Segurança da SADC, então ainda sob direcção do Zimbabwe, se reuniu na
véspera da cimeira para ouvir o relatório da comissão mandatada para
tratar da situação provocada pela crise política no Lesotho. A comissão é
liderada pelo vice-presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, que
chegou a Gaberone um dia antes da cimeira.
Falando
ontem perante os seus pares na cerimónia de abertura da cimeira, o
Primeiro-ministro do Lesotho, Pakalitha Mosisili, agradeceu os esforços
que estão a ser feitos pelos países da SADC para a normalização da vida
naquele reino montanhoso encravado na África do Sul.
Disse
estar ciente de que para o povo sutho alcançar as suas legítimas
aspirações para o desenvolvimento económico, social e estabilidade
política e boa governação precisa, como sempre, do apoio do colectivo
dos países da comunidade.
Agradeceu
também pelo facto de os países-membros terem ajudado o país, nos seus
momentos mais difíceis, consentindo sacrifícios para que o país
conseguisse realizar eleições em Fevereiro último.
Pakalitha
Mossisili afirmou que o principal desafio do momento é a recusa dos
partidos da oposição em aceitar os resultados dessas eleições.
Pakalita Mosisili lidera um Governo de coligação de seis partidos.
LÁZARO MANHIÇA, EM GABERONE
In Jornal Noticias de 18-8-2015
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