Segunda, 13
Julho 2015
PROMOVER a evolução industrial e a integração dos
mercados, criar infra-estruturas de apoio à integração regional, cooperar no
domínio da paz e segurança e desenvolver os recursos humanos, são as
prioridades do Plano Estratégico Indicativo de Desenvolvimento Regional Revisto
da SADC, para 2015-2020.
De acordo com o documento, para além destas prioridades,
o plano aponta também as linhas de orientação para a sua implementação, tendo
em vista a mitigação da pobreza nos países da Comunidade de Desenvolvimento da
África Austral (SADC).
Presentemente, em Moçambique, a Comissão Nacional da SADC
(CONSADC) está a promover seminários de divulgação do plano, para que possa ser
assumido como um mecanismo cuja implementação compete a todos os cidadãos.
Esses encontros, o primeiro dos quais teve lugar ontem,
em Maputo, envolvem representantes das instituições públicas e privadas, das
organizações não-governamentais, de centros de pesquisa e de sindicatos.
O director para a Integração Regional e Continental no
Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Santos Álvaro, disse na
abertura do encontro de ontem, que os seminários de divulgação servem também
para o debate de formas mais adequadas para a implementação desse plano.
Segundo explicou, o plano estratégico revisto aponta, por
exemplo, para o desenvolvimento industrial e integração dos mercados, como um
processo que deverá consolidar a Zona do Comércio Livre da SADC, tendo como
suporte a oferta e diversificação de produtos, principalmente os
manufacturados, de forma a gerar riqueza e reduzir a pobreza na região austral
de África.
Sobre as infra-estruturas, a fonte disse que estas são
para apoiar a integração regional, incluindo a energia e transporte, o turismo,
as tecnologias de informação e comunicação, a meteorologia e águas.
“Parte-se do pressuposto de que não é possível empreender
o caminho da industrialização e muito menos integração, sem infra-estruturas
adequadas. Julgo que a importância das infra-estruturas é crucial para
alavancar a industrialização”, acrescentou Santos Álvaro.
Também se referiu à necessidade da cooperação no domínio
da paz e segurança, que é um pré-requisito para a materialização da agenda de
integração regional, dado que sem a paz, não há desenvolvimento e também sem
desenvolvimento não existe paz sustentável.
Santos Álvaro disse ainda que o plano aponta os programas
especiais de dimensão regional no âmbito da educação e desenvolvimento dos
recursos humanos, saúde, combate ao HIV/SIDA e a outras doenças que ameaçam a
saúde pública e o emprego.
“Isso vai possibilitar que se entenda que o objectivo
principal do processo de integração regional é, como disse, a criação da
riqueza, garantia do bem-estar do cidadão, sendo o ser humano o recurso mais
importante que os nossos países dispõem”, concluiu.
O Plano Estratégico Indicativo de Desenvolvimento
Regional Revisto para período de 2015-2020 foi aprovado pelos Chefes de Estado
e de Governo da SADC, na sua Cimeira Extraordinária realizada em Harare, no
Zimbabwe, a 29 de Abril último.
http://www.jornalnoticias.co.mz/index.php/politica/39666-sadc-plano-estrategico-prioriza-integracao-dos-mercados
Página 6, Jornal
Notícias de 13 de Julho de 2015
Segunda, 13 Julho
2015
A NECESSIDADE de ajudar os países da SADC a acelerar os
respectivos processos de industrialização e permitir o alcance da transformação
socioeconómica, através de adição de valor e beneficiação dos recursos
naturais, constituem as principais linhas mestras da estratégia de
industrialização, actualmente em elaboração na região.
Em Agosto de 2014, a Cimeira dos Chefes de Estado e de
Governo da SADC, realizada em Victoria Falls, Zimbabwe, mandatou um grupo
ministerial de trabalho sobre a integração económica regional para reunir-se e
chegar a acordo sobre uma estratégia e roteiro para a industrialização da
região, assegurando que a mesma seja o centro das atenções.
Com a estratégia pretende-se que o Continente Africano
deixe de continuar exportador de matérias-primas e, por via disso, de
oportunidades de emprego para outra parte do mundo, o que tem consequências
nefastas para o seu próprio desenvolvimento.
Foi neste contexto que a cidade de Maputo acolheu, há
dias, um seminário de divulgação da estratégia e roteiro para a
industrialização da SADC, um encontro aberto pelo vice-ministro da Indústria e
Comércio, Omar Mithá.
Na ocasião, Omar Mithá referiu que o Governo considera a
indústria como um dos factores determinantes nas acções de combate à pobreza e
ao desenvolvimento económico, definido no Plano Quinquenal, como principais
objectivos estratégicos para o desenvolvimento do sector, aumento da produção e
produtividade.
Segundo o vice-ministro, outro objectivo estratégico é a
promoção da industrialização orientada para a modernização da economia e
aumento das exportações, a promoção do emprego, da cadeia de valor dos produtos
primários nacionais, assegurando a integração do conteúdo local.
“A importância dada à industrialização transcende a visão
nacional. Daí que a SADC, inspirada em instrumentos continentais como a Agenda
2063 e a Estratégia de Implementação do Plano de Acção para o Desenvolvimento
Industrial Acelerado de África (AIDA) da União Africana (…), aprovou em Abril
último a estratégia e roteiro para a industrialização da SADC”, referiu Omar
Mithá.
A estratégia tem em vista ajudar a região a acelerar o
processo de industrialização dos países membros e permitir que se alcance a
transformação socioeconómica de cada país, através de linhas orientadoras que
visam a adição de valor e a beneficiação de diversos recursos naturais.
A mesma procura, ainda, forjar uma transformação
económica e tecnológica profunda aos níveis nacional e regional e visa acelerar
o crescimento e consolidar as vantagens comparativas e competitivas das
economias da região da SADC.
página 8, Jornal
Notícias de 13 de Julho de 2015
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